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Falta de sono afeta combate a doenças

Problemas de saúde atrapalham sono adequado.
Combinação de efeitos leva a círculo vicioso perigoso.


Uma doença pode afetar o descanso e o sono, e quando uma pessoa dorme mal debilita sua capacidade para lidar com doenças, segundo um estudo da Universidade de Stanford publicado na revista "Current Biology".

A vinculação entre a falta de sono e a doença é bem conhecida, mas até agora, segundo os pesquisadores da Faculdade de Medicina de Stanford, não se tinha achado uma explicação. Eles a buscaram nas moscas da fruta.
"Quando as moscas adoecem, param de dormir", explicou David Schneider, professor de microbiologia e imunologia. "A perturbação do sono por sua vez transtorna o sistema imunológico, o que as faz mais vulneráveis à infecção e, daí, é tudo ladeira abaixo em uma 'espiral da morte'".
Schneider é o principal autor do estudo sobre parâmetros do sono nas moscas. Junto com Mimi Shirasu Hiza, ele examinou a conexão entre doença e parâmetros do sono que infectam as moscas da fruta com uma de duas bactérias, Streptococcus pneumoniae e Listeria monocytogenes.


As moscas infectadas perderam suas concepções de atividade "diurna" e "noturna", que são parte das mudanças regulares que ocorrem no curso de 24 horas, chamados ritmo circadiano. As moscas que não estão doentes alternam 12 horas de atividade intensa com 12 horas de menos atividade. Os cientistas descobriram que as moscas doentes tinham menos sessões de repouso e menos períodos de sono contínuo que as moscas sadias.

Apesar deste estudo, os pesquisadores advertem que ainda não podem estabelecer com segurança se o transtorno de um relógio biológico no cérebro, a área que exibe a atividade do gene circadiano, foi responsável pelas mudanças nas moscas doentes.
No entanto, a conduta das moscas doentes foi muito semelhante à das moscas que têm perturbações nos genes que controlam o ritmo circadiano.

O estudo também abre a questão de por que as moscas têm uma mudança em seus parâmetros de sono quando estão infectadas. Os pesquisadores conjecturam que do ponto de vista da evolução, pode ser que haja micróbios que sejam combatidos melhor quando se altera o sono, embora isso não se aplique claramente aos microorganismos testados nesta pesquisa.

Fonte: Globo.com

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